Tempestade Elétrica – O que fazer?

Tempestade elétrica é considerado uma emergência médica. Você sabe o que é e como conduzir? Confira o post!

Tempestade elétrica é definido como uma condição clínica caracterizada pela recorrência de taquicardia ventricular (TV) hemodinamicamente instável e/ou fibrilação ventricular (FV) em pacientes portadores de CDI (cardiodesfibrilador implantável) na prevenção primária ou secundária. A definição mais aceita é a presença de 03 ou mais episódios distintos de arritmias que levam a terapia do CDI, podendo ser estimulação antitaquicardia ou choque, em um período de 24 horas. Para o diagnóstico é necessário que a terapia seja apropriada e eficaz.

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Extra Sístole Ventricular – Como identificar sua origem?

A presença de extra sístole ventricular é um achado extremamente comum, surgindo na maioria das vezes em pessoas sadias. A avaliação inicial desses pacientes consiste na história clínica detalhada, exame físico, na investigação de patologias associadas (distúrbios de tireóide, cardiopatias) e análise do eletrocardiograma. Exames como ecocardiograma, teste ergométrico e holter podem ser essenciais para acompanhamento e decisão se o paciente necessita ou não de tratamento da arritmia. As características das extra sístoles como morfologia, localização e quantidade pode indicar a necessidade de exame de imagem como a ressonância nuclear magnética cardíaca.

A ectopia ventricular pode se originar de diversas localizações, sendo mais frequente nos tratos de saída do ventrículo direito e esquerdo. Esses dois locais se relacionam com 80% das extra sístoles idiopáticas.   

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Holiday Heart – Síndrome do Coração Pós Feriado

Hoje existem diversos estudos que mostram uma relação entre o consumo de álcool e o aparecimento de arritmias cardíacas. Mas esse conceito não existia em décadas atrás. No início da década de 70 foi quando pela primeira vez demostraram que a ingesta aguda de álcool estava relacionada com o aparecimento de arritmas cardíacas. Philip Ettinger e colaboradores descreveram em 1978 em uma publicação no American Heart Study a Síndrome do Coração pós feriado (Holiday Heart). Consistiria no aparecimento de distúrbios do ritmo, mas frequente a fibrilação atrial, em pessoas saudáveis, sem doença cardíaca conhecida, após consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Essa denominação (Holiday Heart) foi pelo fato que a maioria dos eventos eram observados após finais de semana ou feriados.

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Teste Provocativo na Síndrome de Brugada

A Síndrome de Brugada foi descrita em 1991 como uma doença que apresentava padrão de bloqueio de ramo direito associado a supradesnivelamento nas derivações precordiais direitas em um coração com anatomia e histologia normal. Essa patologia é uma canaliculopatia que apresenta correlação com arritmias ventriculares e morte súbita.  

Nem sempre é fácil o seu diagnóstico visto que o eletrocardiograma pode apresentar uma alteração discreta que se assemelha aos achados padrão da patologia ou até mesmo ser normal de forma intermitente. O teste genético seria uma opção no auxílio diagnóstico, mas existem alguns fatores limitantes (principalmente no Brasil) como o custo financeiro, limitação de realização em grandes centros e que seus resultados podem ser de difícil interpretação.

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NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS (NOACS) E DOENÇA HEPÁTICA – Necessita de ajuste da dose?

A fibrilação atrial é uma das arritmias mais encontradas na prática clínica e sua incidência vem aumentando por diversos fatores. Consequentemente, um cenário cada vez mais comum será o de pacientes em uso dos novos anticoagulantes orais (Dabigatran, Rivaroxaban, Apixaban e Edoxaban) e com outas doenças crônicas.

O uso dos NOACS na doença renal apresenta algumas particularidades, necessitando em alguns casos de redução da dose da medicação e as vezes até suspensão, de acordo com o clearance de creatinina. E com relação ao paciente hepatopata? Devemos utilizar a mesma dose? Devemos suspender a medicação? Qual seria o critério?

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AFIRE TRIAL

Enquanto o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia acontece o Arritmed vem selecionando artigos/publicações que tenha relacionamento com Arritmologia, que é o nosso foco.

Hoje pela manha (02/09/19) foi apresentado no Congresso do ESC 2019 e publicado no New England Journal of Medicine o AFIRE TRIAL (Atrial Fibrilation and Ischemic events with Rivaroxaban in patiEnts with stable coronary disease). A Postagem de hoje será sobre esse artigo.

Hoje em dia já existem evidências importantes em relação a terapia antitrombótica nos pacientes portadores de fibrilação atrial (FA) e que se submetem a intervenção coronária percutânea. E com relação a doença coronária estável em pacientes com fibrilação atrial? Os dados são limitados em relação a esse contexto.

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Classificação clínica da Fibrilação Atrial

Classificação clínica da Fibrilação atrial

De acordo com II Diretriz Brasileira de Fibrilação atrial (2016), nós podemos classificar a fibrilação atrial em 04 formas, de acordo com sua apresentação clínica.

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